quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Realização, Patrocínio e Parcerias

Somente com união podemos seguir em frente, agradecemos a todos os nossos patrocinadores e apoiadores:

Realização




Patrocínio





Parcerias




Apoio



*A Música "Parabolicamará", da autoria de Gilberto Gil, foi gentilmente cedida para o DVD "PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá", por: GEGE Edições Musicais (Brasil e América do Sul)/ Preta Music (Resto do Mundo).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

VOLTA AO MUNDO: EXIBIÇÕES OUTUBRO/NOVEMBRO





Participe das exibições de outubro e novembro do curta metragem "PAZ NO MUNDO CAMARÁ - MG" em escolas municipais e centros culturais da grande Belo Horizonte.

O curta-metragem sobre a história da Capoeira Angola em Minas Gerais inicia seu giro de exibições por BH. Você sabia que existe uma relação intrinseca da capoeira angola e as culturas de Raiz de Matriz Africanas, como o samba, as danças afro e contemporânea, o congado, o candomblé e o teatro? Pois é! A luta da Capoeira Angola é social, histórica e cultural. Venha curtir com a gente as próximas exibições:

OUTUBRO

- Dia 28, Quinta-feira, a partir das 18h: programação do 3º Seminário: "A Chamada da Capoeira Angola: Tradição e Identidade". Mostra no Campus I (Pampulha), Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. O curta será exibido no prédio de Pedagogia, Faculdade de Educação (FAE) em frente ao Centro Pedagógico (CP). Após a exibição terá mesa de conversa com os Mestres: João Angoleiro (ACESA), Índio (ACAD), Jurandir (FICA), Dr. Walter Ude (Mestre Boca - FAE/UFMG), Contra-Mestre Renê (Camugerê), Flávia Soares (Cia. Primitiva), Junia Bertolino (Cia. Baobá), Treinel Daniel (ACESA) e Ibrahima Gaye (Cônsul Honorário do Senegal em Belo Horizonte, Diretor Centro Cultural Casa Áfrical).

- Dia 29, Sexta-feira, às 15h: Mostra na Escola Municipal Hugo Werneck para os alunos que participaram da Oficina de Animação e Contação de Histórias. Endereço: Rua Oscar Trompowski, 1372, Comunidade do Cascalho, Grajaú - Tel. (31) 3277-6862.

NOVEMBRO

- Dia 05, Sexta-feira, às 19h30min: Centro Cultural Padre Eustáquio - Endereço Rua Jacutinga (antiga Feira Coberta), 821 - Padre Eustáquio - Tel. (31) 3277-8394.

SINOPSE: a Capoeira Angola é mais do que uma série de movimentos, do que que uma luta corporal. A luta da capoeira é mais social, mais histórica, mais cultural. Nesse curta metragem vários mestres angoleiros de Belo Horizonte (MG) resgatam a recente história da capoeira da cidade, e mais! Convidam para uma visita às danças afro-brasileiras e contemporâneas, ao samba, ao congado, ao candomblé e ao teatro. O que essas expressões culturais tem haver com a Capoeira Angola? Veja nesse documentário que é muito mais do que uma forte vontade de valorizar toda a africanidade incrustada no jeito brasileiro de ser.

Entrevistados: 1-Mestre Rogério - Associação Cultural Angola Dobrada – ACAD – Santa Tereza; 2- Mestre Jurandir- Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA) - Bairro Bonfim; 3- Mestre Primo - Grupo Iúna de Capoeira Angola – Bairro Saudade; 4- Mestre Leo - Grupo Meninos de Palmares - Alto Vera Cruz; 5- Mestre Dunga – Grupo Senzala Eu Bahia – Praça Sete; 5- Mestre João - Associação Cultural Eu Sou Angoleiro, ACESA– Centro; 6- Treinel Ricardo Manaus - ACESA, Flor Do Cascalho- Morro das Pedras; 7- Treinel Gino – ACESA, Grupo ILÚ AIÊ - Bairro Nacional; 8- Contra Mestre Medonha - Capoeira Angola Africa Brasil, CAAB - Alto Vera Cruz; 9- Contra Mestre Renê - Grupo Camujerê – Parque Municipal; 10- Mestre Márcio Alexandre (Dança Afro) – Parque Municipal; 11- Junia Bertolino (Dançarina Afro) – Parque Municipal; 12- Marilene (Dança Afro) Parque Municipal; 13- Flavia Soares (Dançarina Afro) Parque Municipal; 14- Negoativo - Capoeirista e músico (Berimbrow) – Bairro Maria Goreti; 15- Maurício Tizumba, ator interpretou Besouro de Mangangá – Praça de Santa Tereza; 16- Rui Moreira (Cia de Dança Será que) – Teatro Alterosa; 17- Dona Elisa (velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 18- Mestre Conga (Velha guarda do samba de BH) Pedreira Prado Lopes; 19- Candomblé de dona Efigênia – Floresta; 20- Congado - Reinado de dona Isabel – Bairro Concórdia; 21- Mestre Cobra Mansa (Fundação Internacional de Capoeira Angola).

O documentario foi produzido pelos alunos capoeiristas da Oficina de Produção Audiovisual: "Documentos de Si". Durante seis meses, 14 jovens angoleiros de Belo Horizonte, entraram no mundo do cinema para conhecer de perto a linguagem audiovisual e ralizarem seu primeiro curta. Os oficineiros possuem entre 14 a 30 anos e vêm de diversas frentes de trabalho da ACESA (Associação Cultural Eu Sou Angoleiro – Mestre João Angoleiro) situadas na região metropolitana da capital, como Lagoa Santa, Vespaziano, Barreiro, Contagem, onde treinam capoeira angola.

Alunos Capacitados: Assistente de Direção - Flávia Soares; Coordenação de Produção - Josiane Braga; Assistentes de Produção - Sérgio Pereira de Oliveira, Daividson Felipe dos Santos Ribeiro; Roteiristas - Cleves Henrique de Abreu Silva, Otávio Augusto Chaves; Cinegrafistas - Ângelo Augusto de Oliveira Santos, Claudinei Silva Santos; Editores - Carlos Renato, João Álvares; Still - Jack Lucas Machado Diniz, Warlen Mota e Josiane Braga.

Realização: ATOS Central de Imagens, Associação Cultural Eu Sou Angoleiro e Prêmio Capoeira Viva.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PAZ NO MUNDO CAMARÁ é inclusão sócio-cultural e valorização das culturas de raiz

Por Carem Abreu

Em 2004 Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, esteve em Genebra participando de uma Conferência na ONU, onde afirmou: a capoeira “é o ícone cultural brasileiro perante os povos”. E mais: ela se tornou “uma mandala da dança pela paz mundial”. Como sou angoleira, jornalista e pesquisadora da história da capoeira, esta afirmação me intrigou: a prática da capoeira foi o primeiro crime instituído pela República (Artigo Art. 402, do Capítulo XII - Dos Vadios e Capoeiras- do Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil, de 1889). Sua prática foi difundida como “coisa de malandro”. Logo me surgiu uma indagação: quais teriam sido, então, os “movimentos” sócio-culturais realizados pela capoeira angola (pois a capoeira regional foi criada somente em 1938), para em menos de um século, deixar de ser vista como uma prática da tão discriminada “escória da sociedade” (leia-se: negros em busca da libertação) em um instrumento de paz mundial?

Também já havia comprovado, através de modestas pesquisas realizadas até aquele momento que, apesar de ser um estilo de vida tipicamente afro-brasileiro com filosofia própria, a CAPOEIRA ANGOLA, por ser uma prática de raiz, realizada até os dias de hoje em sua maioria por pessoas negras, de baixo poder aquisivo, num processo de exclusão sócio-cultural (ao contrário da Capoeira Regional amplamente difundida pelos brancos, e óbviamente, pela classe dominante) NÃO POSSUIA UM MATERIAL AUDIOVISUAL abrangente. Algo que demonstrasse sua REAL CONTRIBUIÇÃO no contexto histórico-social brasileiro, bem como na identidade cultural de nosso povo. Para tanto, nós da ATOS Central de Imagens e da ACESA, criamos em 2005 o projeto “PAZ NO MUNDO CAMARÁ: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá”. Ele obteve em 2008 o patrocínio do Fundo Estadual de Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura de MG. O projeto também foi um dos seis contemplados em MG do “Prêmio Capoeira Viva”, do Ministério da Cultura.

Somando os recursos obtidos vimos que haviamos conquistado apenas 43% do montante necessário para a realização do projeto. Como somos discípulos de uma prática cultural de resistência social, resistimos uma vez mais. Como nossos antepassados, utilizamos os parcos recursos obtidos como um start de uma ação, que resulta de uma busca ancestral, de mais de 400 anos: a disseminação social dos saberes afro-descendentes e sua valorização institucional. Assim, realizamos nestes dois ultimos anos uma APROFUNDADA e INÉDITA PESQUISA sobre a trajetória da Capoeria Angola no Brasil, desde sua origem, seja ela no Quilombo dos Palmares, na Bahia, em Pernambuco ou no Rio de Janeiro, até o seu momento contemporâneo: Belo Horizonte (MG) nos últimos 10 anos vem se tornado um centro formador e exportador de “angoleiros” para o Brasil e para o mundo, e também um novo cenário da capoeiragem no Brasil.


Com humildade apresentamos hoje para a comunidade angoleira os produtos culturais derivados de nossa luta pela valorização da cultura popular. Agradecemos de público a todos os profissionais, entrevistados e pessoas envolvidas no projeto. Todos aceitaram trabalhar nele recebendo por seus serviços, no máximo, 20% do valor de mercado. Sem essa atitude comprometida de vocês nada disso seria possivel! Valeu mesmo! Muito Axé!

"PAZ NO MUNDO CAMARÁ" EM NÚMEROS:

25 mestres de capoeira angola entrevistados
18 mestres da cultura popular/ agentes culturais envolvidos
8 pesquisadores entrevistados
5 estados pesquisados
58 locações (15 MG, 25 RJ, 12 BA, 5 PE, 1 AL)
40 profissionais envolvidos
25 alunos instruidos
5 anos de produção

Confira o conteúdo do DVD e do SITE.